terça-feira, 11 de maio de 2010

sociedades mesoaméricas

SOCIEDADES MESOAMÉRICA
Por Mesoamérica – conceito criado na década de 1940 – entende-se a região onde se desenvolveram as primeiras sociedades complexas do continente Americano. Ela engloba territórios da America central e também do extremo sul da America do Norte. Quando os europeus chegaram ao continente americano, ele era ocupado por vários povos. Alguns delas se constituíam em importantes civilizações.
A CIVILIZAÇÃO ASTECA
O povo Mexica emigrou do território dos atuais Estados Unidos e, ao chegar ao vale do México, instalou nas ilhas do lago Texcoco. Os Astecas como passaram a ser chamado, fundaram a cidade de Tenochtitlán (1325), atual cidade do México que, no inicio do século XVI, era uma das maiores cidades do mundo, com uma população de um milhão de habitantes. Com a dominação dos habitantes locais, formou-se o Imperio Astecas, que controlava uma vasta área, com mais de 500 cidades e aproximadamente 15 milhões de habitantes.
ECONOMIA: baseava-se na agricultura. A propriedade da terra era do estado. O comércio foi largamente desenvolvido. Nas maiores cidades, os mercados eram diários e, nas menores, semanais. As trocas eram diretas. O artesanato também foi de grande importância para a economia. Confeccionavam tecidos com fibras vegetais, faziam machados e outros instrumentos de cobre, jóias, trabalhos com plumas, cerâmicas, etc.
SOCIEDADE: estava dividida em camadas sociais bastantes diferenciadas. A mais alta era a dos nobres e abrangia: os governantes (Tlatoani ou Tlacatecuhtli) e sua família, os sacerdotes e os chefes guerreiros. Os comerciantes, ou pochteca, formavam uma camada social á parte, que gozava de grande privilégio junto ao governo. Em seguida, vinham os agricultores, os artesãos e os pequenos comerciantes, os quais eram obrigados a pagar pesados tributos. A camada mais baixa da sociedade era formada pelos escravos.
POLITICA: no principio, os astecas viviam sob a autoridade de um chefe político, com poderes absolutos, denominado Tlatoani ou Tlacatecuhtli.
RELIGIÃO: os astecas eram politeístas e uma das principais divindades era Quetzalcoált, a serpente emplumada, que representava a sabedoria.
Artes e ciências: desenvolveram particularmente a arquitetura, com técnicas avançadas de construção. Criaram um calendário cujo ano tinha 365 dias, distribuídos em 18 meses de 20 dias. Os cincos dias que restavam eram chamados de “vazios”, e acreditavam que traziam má sorte, assim, nada de importante devia ser feito nesses dias.
A CONQUISTA DO IMPÉRIO ASTECA
No início do século XVI, a Espanha organizou várias expedições para o reconhecimento e dominação das Índias Ocidentais, as quais partiam de Cuba. A mais importante delas foi a comandada por Hernán Cortez, que conquistou o Imperio Astecas. Os espanhóis, com armas de fogo e cavalos, desconhecidos dos nativos, transformaram o império em terra arrasada, cometendo genocídio e destruindo as cidades.
A expedição de Cortez partiu de Cuba, em 1519, e desembarcou na cidade de Veracruz, no México, sendo bem-sucedida. Tinha inicio um período de longos conflitos, concluído com a tomada de Tenochtitlán em 1521.


CIVILIZAÇÃO MAIA
A civilização maia desenvolveu-se na península de Iucatã, à Guatemala e Belize. Quando os espanhóis chegaram à América, esta civilização já estava em decadência.
Economia: a agricultura era fundamental. A terra pertencia ao Estado e era cultivada coletivamente.
Sociedade: estava dividida em quatro camadas sociais:
• Nobres, que lideravam a administração pública;
• Sacerdotes: que tinham o controle da religião e dedicavam-se às artes e às ciências;
• Trabalhadores: compunham a maioria da população;
• Escravos; em pequeno número, geralmente prisioneiros de guerra ou condenados por algum delito cometido.
Política: as cidadãs eram independentes e governadas por um chefe. Esse chefe era assessorado por um conselho constituído por alguns nobres e sacerdotes.
Religião: havia um grande número de divindades e para elas foram construídos grandes templos,
Artes: destacaram-se na arquitetura, com a construção de templos e palácios.
Ciências: desenvolveram a matemática e a astronomia, fazendo cálculos bastante complexos, que permitiam conhecer a duração de rotação de Vênus, das fases da Lua, dos eclipses solares, etc.
OS INCAS
Apalavra inca significa chefe, soberano ou nobre. Os incas eram chamados de Os Filhos do Sol e formaram um império dominando o que compreendia os atuais territórios do Peru, Equador, parte da Colômbia, do Chile, da Bolívia e da Argentina.
• Economia: plantavam dezenas de espécies vegetais. Com uma população superior a 20 milhões de habitantes, tinham necessidades de obter uma boa produção agrícola. Para aumentar a produtividade da terra, usavam a irrigação e os adubos. Domesticaram o lhama, o guanaco, a vicunha e a alpaca, que serviam para o transporte e fornecimento de lã e couro. O comercio era feito em grandes mercados locais.
• Sociedade: estava dividida em três camadas sócias. A dos sacerdotes e a dos nobres eram as dominantes. A figura mais importante da sociedade era o Inca ou imperador. Considerado o grande sacerdote do Sol, ficava á frente da hierarquia religiosa. Na camada não privilegiada estavam os camponeses que trabalhavam nas terras do Estado e dos sacerdotes e pagavam tributos com serviços, construindo obras públicas, participando do exército, explorando minérios etc. Também faziam parte dessa camada social os artesãos.
• Política: o Estado Inca foi uma monarquia teocrática. O imperador era ao mesmo tempo chefe religioso, civil e militar. Seu poder sustentava-se no culto ao Sol, pois ele era considerado a sua encarnação na Terra. A sucessão ao trono era hereditária e isto ocasionou uma serie de disputas pelo poder. As lutas internas enfraqueceram o império e facilitam a conquista espanhola.
• Religião: os incas adoravam as forças da natureza, principalmente o Sol, Inti, e a Lua, Quilla. Sobre todos os deuses estava Wiracocha, o deus criador do Sol e da Lua.
• Artes: destacou-se a arquitetura, com a construção de grandes palácios, fortalezas e templos, cujos exemplos podem ser vistos na cidade de Machu Picchu.
• Ciências: criaram um sistema de numeração decimal, denominado Quipo. Na medicina, usavam ervas para o tratamento de doenças e a técnica da sangria. Há algumas indicações de que faziam cirurgias com perfuração do crânio (trepanação).
A CONQUISTA DO IMPERIO INCA
O responsável pela conquista do Imperio Inca foi Francisco Pizarro, que organizou uma expedição, em 1531. Os Incas viviam momentos difíceis devido ás lutas pelo poder entre Atahualpa e Huascar, vencida pelo primeiro. Essas lutas contribuíram para o enfraquecimento do império. Em 1533, os espanhóis tomaram as cidades de Cuzco e Quito, prendendo o imperador Atahualpa. Dois anos depois, fundaram a cidade de Lima, que passou a ser a nova capital.


OS INVENTORES DO CHOCOLATE
Quando bebemos hoje uma xícara de chocolate quente e espumante ou comemos uma barra de chocolate, nem imaginamos que foram necessários séculos de estudos e cuidados com o fruto do cacaueiro para que pudéssemos apreciar esse alimento nutritivo. Também não imaginamos que foram os povos mesoamericanos, excelentes botânicos, os responsáveis pelo desenvolvimento das técnicas necessárias para secar e tostar as sementes de cacau que, depois de moídas e de receber calor, se transformam na pasta de xocoatl.
Só que a pasta original obtida pelos botânicos não tinha gosto. Para resolver esse problema, eles a dissolveram em água misturada com grande número de especiarias e flores. Adicionaram também diversos tipos de pó de origem vegetal para dar-lhe cor. Posteriormente, querendo melhorar o sabor do chocolate, resolveram adoçá-lo com mel de abelhas, e, para conseguir fazer espuma, inventaram o molinillo, um pequeno moedor próprio para triturar e bater as sementes.
Durante a conquista da América, os espanhóis transformaram mais ainda a pasta de chocolate. Acrescentaram a ela açúcar, avelã e nozes assim como sementes de melão e gemas de ovo, conforme o gosto. Nessa época, os médicos também prescreviam o chocolate como medicamento a seus pacientes. Aos enfermos calmos, receitavam o chocolate misturado com anis, canela, almíscar e pimenta; já os doentes nervosos bebiam o liquido sem substâncias aromáticas, ao contrario dos deprimidos, que consumiam o chocolate sem pimenta, com pouco anis e com todos os elementos aromáticos.
Se á chegada dos espanhóis o chocolate era uma bebida exótica e pouco conhecida, depois das contribuições dos povos da Mesoamérica acabou se popularizando e, com o tempo, ganhou as mesas das famílias no mundo inteiro

Um comentário:

 RESPEITO NÃ0 TEM COR, TEM CONSCIÊNCIA. SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA. THAYS 9ºA